quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Simples assim...



Os amigos bondosos chamam-me Poeta.
Poeta das coisas simples.
Confesso! Não o sou!
Poeta é quem cria
quem emociona.
De mim apenas têm o plágio.
(Sim, o plágio!)
Copio a natureza, a criação.
Como posso ser autora?
Observo tudo ao meu redor
com olhos de ver e de enxergar...
Não fui eu quem criou o por do sol,
o luar prateado sobre o mar,
o vento desarrumando os cabelos e os campos de trigos...
Não fui eu quem fez montanhas de ametistas,
o olhar azul da paixão e o vai e vem das ondas do amor...
Não permiti os amores, tatuagens na alma,
as lágrimas e os sorrisos perdidos.
O choro de criança, o cheiro de filho, a insônia de mãe...
Não vesti a natureza em cores perfumadas e
nem criei a canção que nos eleva...
Nem a paz, nem a guerra...
Decifro sonhos, invento palavras.

A mim, só cabe copiar,
a poesia da criação...

sábado, 16 de agosto de 2008

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Metade



Metade da minha alma é feita de maresia.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

domingo, 3 de agosto de 2008